E N C E N A a C E N A.

O que seus olhos dizem...

sua boca não fala...

e seu coração sente.

Estávamos juntos, presos...

suspensos, agora separados

por uma corrente de ar.

Brilha na retina fina dos olhos 

a distancia que confirma

 a nossa sina.

Pairando no ar o perfume das horas

passadas...

e

sentimos...

queimamos...

a distancia...

E
N
C
E
N
A

a

C

E
N
 A.

ENSAIA

o grito,

abre a boca

L
E
N
T
A
M
E
N
T
E

e a voz não sai.

Olhos abertos, espertos...

boca seca, coração parando...

P
U
L
S
A

o

Pulso

a cabeça girando sob os pés sangrando...

gotas de um vermelho paixão

escorrem entre os dedos firmes,

seguros ao corpo sem vida depois da partida

rumo ao coração...

Desejo insano e nossos planos sem contemplação.

Deserto e incerto veneno letal, injecta na veia

a ultima teia da tentação...

Luto ausente que se apega a gente sem razão.

Ouça... as ultimas batidas, leves acordes da 

nossa canção, dança comigo na fresta

mínima da nossa razão.

Um ultimo beijo, sincero desejo do

gosto amargo da boca que cede e pede

um segundo de paz.

Feche os olhos, deixe o corpo cair

nas profundezas sem cores dos muitos amores 

em

M
I
 M.

Allexia.