quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
E ele veio assim...
em uma onda prateda
em uma onda prateda
deslizando
sobre o mar.
Deixou suas pegadas na
areia onde segui seu cheiro
de mar e sol...
Suave fim de tarde, corpo
ilumindado.
Olhar distante, pensamentos
soltos, revoltos pelo ar.
Sua boca me prende e seduz.
Seu olhar guia-me ao teu encontro.
O desejo cresce minha teimosa fantasia.
Verdades ilusões se desvanecem; a luz do dia.
Tu és doce veneno atrativo que encanta e
atiça, assanha a palavra.
Olho te a beleza que enfeitiça
o fatal poder da simpatia.
Esta seguro em mim tua conquista.
Dragão que encantou meus pensamentos, efeitos perigosos,
copia fiel da paixão.
Tentador filho dos deuses da ternura.
Vem olhar este mar,
Vem por doce ilusão,
Vem enganar-se comigo,
Onde o Mar nos devora.
Dá-me os olhos teus, o fio
sutil das loucuras que pensamos fazer.
Estava o nosso prazer em nossos destinos.
Razão venenosa que em sonhos vi, dragão de olhos fogosos
com afiados dentes.
Doce encanto serei. Ninfa do mar à teus pés descalços na areia.
Atende ao meu desejo...
Deixa-me ser sua, olhos em brasa me lanças;
em tua linguagem do céu, vi tritões no
mar dançando acesos ao som da tempestade
nauta, ousados entre beijos, gemidos e suor na areia.
Devora-me por dentro e agora em beijos de
mortifero veneno, é o fim, em meu frágil coração.
A cinza desse fogo que arde na memória, atravessa a
noite com tua melodia que encanta, tu és forte pelas terrivéis
furias, me castingando esse desejo.
E a teu lado, enfim exposta, a vida gira, entrevendo o porto desejado.
Abafa as ondas que provocam teus furores, a ti meu coração voa,
alagado em torrentes de ternura.
Deixa-me crer nesse doce engano.
Allexia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário