Avesso exposto pela garganta.
Um solo de guitarra rasgando minha carne por dentro.
Eu, em tiras, balançando ao som.
Eu, toda em retalhos coloridos, vermelhos velhos,
meus azuis desbotados, amarelos... todos balançando
ao som do vento...
Meu avesso é um bordado mal feito. Honesto. Pingando
do meu póprio sangue sugado pela agulha fina do seu
pensamento.
Meu avesso é mais eu do aquilo que arrumo para
mostrar ao mundo.
Meu avesso se revela em sons, voz e letras.
Memória falha por tanta sensação que corre nos
átomos da nossa pele, me confunde, me distrai
tanta precisão.
Avesso de mim sou eu com medo de
descobrir que sentimos esse agridoce
descobrir que sentimos esse agridoce
encontro de um ácido tão doce que encanta...
e me revela... e aqui, no reino sagrado dos seus textos
soltos... nasce da fonte... lá onde eu nem preciso saber
quem sou... Apenas sentir... Você.
Se o silêncio é um castigo para mim merecido... peço
que não se cale... quero ouvir-te aos berros... em suaves
melodias rasgando meu ser...
by Allexia.
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